domingo, 31 de outubro de 2010

Pictures

Algumas fotos da viagem entre Lima (PERU) à Guayaquil (EQUADOR).























sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lima - Peru

Cheguei em Lima por volta das 9 horas. Como em Lima não há um terminal e os ônibus param em suas respectivas garagens, assim que cheguei necessitei de pegar um táxi para ir à garagem da Ormenõs (empresa que faz viagens internacionais para toda América do Sul) para comprar a passagem para Guayaquil-Equador. Como disse anteriormente a idéia original era viajar todo o norte do Peru, em torno de uns 15 dias para depois ir para o Equador, contudo em Arequipa já pensei na hipótese de Lima ir direto para Guayaquil, chegando em Lima confirmei minhas idéias e já comprei a passagem direto para o Equador. Contudo as praias do norte do Peru (principalmente Mancora e região) são de uma beleza irresistível e fiquei um pouco decepcionado de estar passando direto, porém conformado porque as praias estão a poucas horas de viagens do Equador, em oito horas estou em Mancora, contando com o tempo que se perde nas imigrações e controle aduaneiro.
Em Lima fiquei poucas horas, pois o ônibus era para sair às 15 horas, contudo atrasou meia hora, como tinha pouco tempo em Lima, resolvi não ir a Museus ou a região de Miraflores. Como já conheço Miraflores estava planejando justamente voltar para fazer um vôo de asa-delta pela costa do Pacifico, pois há um ponto de vôo muito perto do shopping LaCosta, como o tempo foi muito curto e os vôos geralmente são na parte da tarde não foi possível realizar essa aventura dessa vez. Estava caminhando por algumas ruas e vi um restaurante italiano que me deu água na boca, quando vi no menu Risoto, ai decidi na hora ficar, mas quando pedir para o garçom explicar o que era aquele risoto e ele começou a falar de um caldo de galinha, achei meio estranho e resolvi não arriscar e pedi um prato especial “Fettuccini Ai Frutio Dimare + Pan Ajo + Gasosa mediana” por um preço que para nível de Peru não é um dos mais baratos, porém se comparando com o Brasil está moderado, mas valeu a pena, porque estava simples maravilhoso, ou a fome que era grande deixou tudo perfeito ou realmente eles capricharam no “Fettuccini”.
A viagem até Guayaquil demorou cerca de 28 horas, estava previsto 26 horas, como perde muito tempo na imigração, controles policiais, controles do exército e aduana, a viagem atrasou quase duas horas, contudo a viagem é muito tranqüila. Com uma poltrona confortável e ainda tive a sorte de ir na primeira poltrona, com vista panorâmica de toda viagem, oferecem janta, café-da-manhã e um almoço, vamos dizer que não é um banquete, muito menos se compara as refeições que serviram nos “bus-cama” na Argentina, mas ainda assim dá para quebrar um galho enorme, ou melhor, da para quebrar uma mini árvore, sem contar que passa um filme atrás do outro, com isso o tempo passa muito rápido e logo acabou as 28 horas e estava pela primeira vez desembarcando em uma cidade equatoriana.
ps: logo mais colocarei algumas fotos da viagem de Lima a Guayaquil.


24/10
6.5Soles = R$ 4.08 Almoço + Sorvete
1Soles = R$ 0.62 Internet
3Soles = R$ 1.89 Táxi Hostel x Terminal
2Soles = R$ 1.25 Água Mineral
1.50Soles = R$ 0.94 Tarifa Terminal
Total: R$ 8.78

25/10
12,00Soles = R$ 7.55 Táxi
USD 60,00 = R$ 106.47 Passagem Lima x Guayaquil
4,00Soles = R$ 2.51 Internet
15.50Soles = R$ 9.74 Almoço
Total: R$ 126.27

26/10
3,00Soles = R$ 1.89 Sorvete

Este dia não houve praticamente gastos, pois foi dia inteiro de viagem e servia refeições no onibus.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Arequipa - Peru

A viagem até Arequipa foi tranqüila, são 4 horas de viagem até Desaguadero na fronteira da Bolívia e mais 8 horas de Puno à Arequipa. A fronteira é maior bagunça, o ônibus tem a maior dificuldade para atravessar a imigração boliviana e peruana, pois tem muito vendedor ambulante no meio da rua, vans, carros e caminhões parados em todos os sentidos possíveis, com isso tem que ir alguém na frente do ônibus pedindo para tirar os automóveis e as pessoas do meio do caminho. O ônibus até Puno tinha mais estrangeiros do que bolivianos, porém nos assentos ao meu lado tinha um casal de boliviano que devia estar em lua de mel, porque nas 4 horas de viagem de La Paz a Puno só escutava “smack, smack, smack”, só paravam de se beijar para tomar água, nos assentos de trás um casal de inglês que também não parava de tagarelar e na frente dois franceses que ficavam rindo e arrotando um na cara do outro a viagem inteira, sem contar um senhor neozelandês muito louco com cabelo rastafári que está há vários anos viajando pelo mundo escrevendo um livro, ele me contou que chega em uma cidade e acha o lugar bonito e calmo ele fica meses até ir para outro lado, só não descobri como ele arruma tanto dinheiro assim. De Puno a Arequipa fui em outro ônibus e o clima estava agradável, contudo deixei uma blusa para caso de esfriar de noite, mas de madrugada fez tanto frio que eu não estava agüentando mais, minha blusa suporta temperatura bem baixa e mesmo assim não estava adiantando nada, comecei a bater os dentes de frio e já pedia para Deus passar o tempo rápido para chegar em Arequipa logo, mas logo em seguida o ônibus parou no meio da estrada, foi o tempo de eu pegar outra blusa na mochila que estava no bagageiro do ônibus, sem seguida dormi feito um anjo e tive que ser acordado quando já estava no terminal em Arequipa sozinho dentro do ônibus.
Da minha outra vez em Arequipa gostei muito da arquitetura da cidade, à noite na Plaza de Armas, enfim gostei de um modo geral da cidade, tinha feito o trekking no Cânion Del Colca e conhecido todos os monumentos históricos possíveis, dessa vez queria algo diferente, pensei em escalar o vulcão El Mist, mas só de pensar em subir durante 6 horas no primeiro dia e mais 3 horas no segundo dia para chegar ao cume já me desanimou, estava muito cansado para isso, então decidi fazer o rafting no rio Colca. Creio que foi a melhor decisão possível, pois já tentei fazer no Brasil e nunca dava certo, mas dessa vez tudo ocorreu na mais perfeita ordem e descemos rio abaixo em dois botes, um com o guia, um mexicano e dois americanos, e no outro bote, eu, um casal de canadenses, uma inglesa e um guia chileno. O rafting aqui é considerado nível II a IV e foi simplesmente perfeito, foi uma hora de duração e parece que não foi nem quinze minutos, não podia ter escolhido passeio melhor. O resto do dia andei pela cidade, fiquei vendo o movimento na praça e entrei na internet para dar noticias para o Brasil. No domingo apenas descansei e peguei o ônibus a tarde com destino a capital peruana (Lima).

23/10

7Soles = R$ 4.40 Táxi Terminal x Hostel
35Soles = R$ 22.02 Hostel
8Soles = R$ 5.03 Táxi Plaza x Terminal x Plaza
5.30Soles= R$ 3.33 Almoço
85Soles = R$ 53.45 Rafting + Cd com foto
40Soles = R$ 25.15 Passagem Arequipa x Lima
4Soles = R$ 2.51 Janta
2Soles = R$ 1.25 Internet
Total: R$ 117.14

sábado, 23 de outubro de 2010

La Paz – Bolívia Part I

A viagem até La Paz ocorreu na mais perfeita ordem, inclusive fui conversando com um brasileiro que está morando em Santa Cruz já faz cinco anos devido a seu trabalho em uma multinacional de alumínio que tem filial na Bolívia. Fui direto para o hostel Torino (perto da Plaza Murilo) que tinha várias indicações no site mochileiros.com, porém o que não me agradou é que nenhum quarto possui tomada de energia e se precisar carregar bateria de câmera ou mp3, tem que deixar o carregador na recepção, contudo é uma das diárias mais econômicas dos hostel que tem por perto, como estou carregando uma mochila extra fica complicado de ficar pesquisando hotel na hora que chega devido ao volume/peso e no dia seguinte nem fiquei em La Paz, portando esse hotel resolveu meus problemas.

O dia que cheguei em La Paz foi até um pouco depressivo, pois todos tours já tinha saído e fiquei andando sozinho pela cidade, conhecendo praças e monumentos históricos, inclusive o Evo Morales estava na Catedral da Plaza Murilo para uma missa, fiquei um tempão esperando para ver ele e não consegui, só consegui ver as dezenas de seguranças. No caso disse que foi um pouco depressivo porque quando você não tem nada para fazer e está sozinho em um lugar distante e desconhecido é um pouco perturbador, mas é só arrumar o que fazer que tudo passa, como se comprovou nos dias seguintes. Entretanto quando chegam esses momentos é só entrar na internet e falar com amigos que tudo está resolvido. A noite andei pela cidade que aparecia carnaval, cheio de musicas e com as ruas lotadas, porém tive que comprar um despertador e dormir cedo, pois no dia seguinte iria fazer o famoso downhill e tinha que estar na agência as 7 horas.

As 6:40 eu estava em frente a agência esperando o guia para o Downhill. Foi passando o tempo e nada dele aparecer, até estava pensando deve ser melhor assim é Deus querendo me livrar de algo, porque o medo já estava aparecendo e já estava me preparando para pedir meu dinheiro de volta e fazer outros passeios mais convencionais quando o guia apareceu, porque muitos diziam que era a maior adrenalina possível, o melhor passeio do mundo e outros diziam que jamais voltaria a fazer, pois o medo foi muito, antes que eu responda a minha opinião sobre o downhill, deixa eu explicar o que é esse tal de Downhill para quem nunca ouviu falar.

O Downhill é um passeio de bike pela estrada mais perigosa do mundo, conhecida mundialmente como “The Road of Death” – “A estrada da morte”. De La Paz até a cidade de Coroico é cerca de 95km, contudo você pedala aproximadamente 65Km desde La Cumbre até Coroico. Essa estrada foi construída em 1930 por prisioneiros paraguaios durante a Guerra do Charco. Em La Cumbre, o ponto de partida com as bikes, você esta a uma altitude de 4.700m chegando ao final da estrada a 1.200m de altitude. Você pedala cerca de 65 km, pedalar é modo de dizer, pois em 65km você precisa pedalar apenas uns 3km (terreno plano) o restante é apenas usando o freio, somente decida. Creio que é a única estrada no mundo que as bicicletas ultrapassam os carros e caminhões, foi minha primeira vez e espero não ser a última, que de bicicleta eu ultrapassei carros, caminhões e cheguei a uma velocidade que nem quero imaginar.

A primeira parte do passeio é quando chega a La Cumbre, que irá vestir os equipamentos de seguranças, escutar atentamente as primeiras instruções e conhecer sua bike, feito isso, é pura adrenalina descer a rodovia (essa parte ainda é asfalto) na maior velocidade fazendo pequenas paradas para fotos e contemplar a paisagem. No próximo trecho é a estrada da morte em si. Estrada pequena, de terra, cortando cascatas, rios e beirando abismos muito profundos. Quando está no asfalto você pode frear a bike com tranqüilidade que não corre o risco de derrapar, contudo no cascalho e estrada cheia de pedras a historia é outra. Realmente tem parte que as curvas são tão fechadas e a estrada é tão estreita que tem a impressão que se você for um pouco mais rápido irá voar abismo abaixo, mas é só ter cuidado e não desgrudar dos freios que o tour não terá maior problemas. Nosso grupo foi composto por cinco pessoas: eu, um neozelandês, um inglês e um casal de austríaco. Meu único receio antes do passeio era o pessoal do grupo correr de mais e eu ficar para trás, porque não estava afim de ir em toda velocidade e correr o risco de voar abismo abaixo, contudo no final deu tudo certo e fui eu e os outros dois que teve que ficar esperando o casal de austríaco que já eram de uma certa idade e desceram bem devagar.

A descida de bike por todo o trajeto é simplesmente perfeita. Na primeira parte que é ainda no asfalto, além do cenário magnífico você conta com a velocidade, pois da uma maior segurança correr no asfalto com a estrada quase certinha, eu digo quase porque em alguns pontos tem buracos ou está em manutenção. Na segunda parte automaticamente você diminui a velocidade, pois a estrada é pura pedra e terra, super estreita e tem umas curvas muito sinistras, sem contar que inúmeras vezes quase parei no meio do caminho para apreciar cascatas e os abismos ao seu lado. Tentei descrever o que pude, mas simplesmente é necessário fazer a descida para saber a emoção e adrenalina que sente na hora. Para finalizar o dia, após a descida vamos para um hotel em Coroico para almoçar e depois tomar um banho de piscina ou recuperar o fôlego. Antes que me esqueça logo que começamos a descer pela estrada de terra começou a chover, ou seja, mais adrenalina possível.

Para completar o dia com “chave de ouro ou chave de barro” estávamos voltando para La Paz quando a van quebrou no meio da serra, tivemos que pegar uma carona com um ônibus que estava passando na estrada, pois a descida de carro estava proibida naquele momento devido a uma forte nevasca que estava tendo em La Cumbre, com isso o carro que viria nos buscar no teria como chegar até nós. Já tinha visto nevar no norte do Peru em 2007 e no Chile em 2008, porém como agora nunca tinha visto, estava muito forte, o asfalto estava repleto de neve, os carros todos branquinhos e o perigo solto, pois muitos carros patinavam com o asfalto escorregadio, todo cuidado era pouco. No final tudo deu certo e chegamos vivos em La Paz quase uma hora da manha. I Survived!!!

20/10

10Bol = R$ 2,49 Taxi terminal x hostel Torino

45Bol = R$ 11.22 Hostel

19Bol = R$ 4,73 Almoço

350Bol = R$ 87.28 Passeio Downhill

5Bol = R$ 1.25 Água Mineral

4Bol = R$ 1,00 Internet

20Bol = R$ 4,98 Despertador

Total: R$ 112.95

21/10

25Bol = R$ 6,23 Tarifa para o Downhill

90Bol = R$ 22.44 Hostel

Total: R$ 28.67

ps: Mais fotos no Orkut.




















La Paz – Bolívia Part II

Acordei já era mais de nove horas e todos os passeios para Tiwunaco já tinha saídos, ou seja, só no outro dia ou tentar ir por conta própria. Decidi ir por conta própria e é necessário ir até o “Cementerio” e depois pegar um microônibus popular ate Tiwunaco. O bus que peguei não entrou na cidade, me deixou na estrada, porém é necessário caminhar menos que 1km para chegar no sitio arqueológico e a volta proceder da mesma forma, pegando o micro que passa na frente da bilheteria. As diferenças entre ir particular ou com agência são: Por agência custa 50bol incluído transporte do seu hotel ao sitio arqueológico (ida e volta) e guia particular. Por conta própria eu gastei 18Bol e em questão de guia foi muito simples, tinha muita turma de escola e os guia explicando cada detalhe, foi apenas eu me aproximar deles e escutar em alto e bom som toda informação que queria e ainda por cima de graça.

Antes de chegar no “Cementerio” uma senhora no coletivo me perguntou para onde eu ia e quando isso para Tiwanaco ela já me ofereceu para me acompanhar, pois estava indo para o mesmo lugar e poderia ter algum perigo perto do cemitério e pelo fato dos motoristas querem cobrar o dobro por ser estrangeiro, aceitei de bom agrado e fomos conversando com outra senhora boliviana até Tiwunaco. A senhora ainda me perguntou se eu acreditava em Deus e se era cristão, falei que sim, e ela disse que foi Deus que mandou ela me acompanhar, para me ajudar, porque um cristão nunca fica sozinho na terra e que jamais era para mim esquecer de Deus, viu só? As duas senhoras começaram uma conversa religiosa que durou quase uma hora e eu só confirmava o que elas falavam. Quando fui descer as duas senhoras apertaram minha mão, só não abraçaram porque dentro da van é muito apertado e me disseram: “Mucho gosto em conecer! Dios bendiga! Muy amable usted!” e outros elogios. Ganhei o dia, hehe.

Na volta passei no terminal e vi que já tinha passagem para o mesmo dia para Arequipa-Peru, com isso já comprei e fui direto para o hostel arrumar as coisas para viajar, na hora de acertar a diária o infeliz me cobrou duas diárias, cobrou uma diária apenas porque fiquei 3 horas a mais no quarto do horário permitido e disse que era para eu ter deixado as mochila guardado na recepção que não teria problemas, tentei argumentar de toda forma, mas tive que pagar as duas diárias. Se eu soubesse que daria tempo de viajar no mesmo dia teria feito isso, mas como a previsão era viajar só no dia seguinte nem me preocupei em retirar as mochila do quarto, fora essa decepção, o dia correu na mais perfeita ordem.

Porque estou viajando tão rápido? Nos meus planos originais eu iria ficar 20 dias na Bolívia e 20 dias no Peru até chegar no Equador, contudo como disse em um post atrás aproveitei em junho/julho e viajei durante 23 dias pela Bolívia, ou seja a parte planejado na Bolívia foi feito, e após pensar um pouco decidi encurtar minha estadia no Peru, visto que já conheço boa parte do que iria visitar, estou carregando um peso extra (minha mochila com algumas roupas e itens extra para um tempo maior no Equador), sem contar meu nootbook (que pesa muito e nem posso correr o risco de ficar sem ele). A parte norte do Peru eu posso voltar nos próximos meses, pois estarei bem perto, com isso ficará bem fácil manter uma base em Guayaquil-Peru e a partir de lá conhecer o norte do Peru e o Equador em si. Minha previsão para chegar no Equador era apenas no começo de novembro, contudo creio que essa semana chegarei, devido essas mudanças. Quando estiver em solo equatoriano decidirei o que fazer, até lá Buena Viaje!

22/10

80Bol = R$ 19.95 Boleto Tiwanaku

18Bol = R$ 4.48 Transporte Centro x Tiwanaku x Terminal

120Bol = R$ 29.92 Passagem La Paz x Arequipa

16Bol = R$ 4.00 táxi terminal x hostel x terminal

2Bol = R$ 0.50 Tarifa terminal

5.50Bol = R$ 1.37 Água Mineral

Câmbio R$ 1,00 = 1,57 Soles

Total: R$ 60.22

ps: Mais fotos no Orkut.











terça-feira, 19 de outubro de 2010

Santa Cruz de La Sierra - Bolívia

A viagem até Santa Cruz é muito cansativa, pois o ônibus sai de Cuiabá as 23:30 chega em Cáceres aproximadamente às 3 horas da madruga, tem que pegar uma van para San Matias as 4:30 e somente as 9:30 o ônibus da empresa San Matias sai, é a melhor empresa e agora tem até banheiro nos ônibus, e lá se vai mais 17 horas dentro do ônibus até Santa Cruz que chega por volta de 1 a 2 horas da manha. Cheguei em Santa Cruz muito cansado pois foram quase dois dias desde que sai de Rondonópolis sem dormir direito, é chegar e querer apenas cama.

O sábado foi um dia tranqüilo apenas fui cambiar o dinheiro, andar um pouco pela cidade e encontrei alguns amigos, olha como o destino é: conheci a Gigi em Cuiabá uns quatro anos atrás depois nunca mais tinha visto ela e fomos se encontrar justamente na Bolívia no restaurante da avó dela hehehe. No domingo fomos para o Mariposari, um clube com piscinas, quadras de esportes, diversos animais (pássaros, macacos, borboletas, bicho-preguiça, etc), com possibilidade para acampar e andar de caiaque. Tirei o finalzinho do dia para descansar, tentar definir meu roteiro para os próximos dias e aproveitar que a internet aqui é 24 hrs e free. Ontem (segunda-feira) se resumiu a andar pelas praças, descansar e ir em um pub de frente a praça 24 de setembro (Irish Bar) para comer um Picck Machi Mixto (nem recordo como escreve corretamente, mas é uma porção de carne de vaca, frango, batata frita, pimentão e cebola regado a um molho muito picante) acompanhado com um frapuchino com crema. Perfeito. Hoje passei o dia em casa arrumando as coisas e agora estou indo para o terminal pegar o ônibus para La Paz as 17:00 horas da empresa El Dorado (bus cama c/ 3 fileiras), as passagens geralmente para um bus cama está entre 150 a 170bol e os semi-cama entre 100 a 120bol, se comprar na hora de embarcar tem um desconto legal, porém como comprei antecipado não consegui um desconto muito grande, mas assim mesmo, consegui reduzir de 150bol para 135bol.

Dúvidas - Para responder o comentário do Vinicius sobre o câmbio aqui está da seguinte forma atualmente: R$ 1,00 você consegue trocar em Santa Cruz entre 3,80 a 3,90 Bol, na fronteira em San Matias eles te pagam 3,70 a 3,75 Bol. Porém eu troquei o real em dólar em Cuiabá antes de vir para cá com USD 1,00 = R$ 1,75, com isso ao chegar em Santa Cruz troquei USD 1,00 = 7,03Bol. Se você fizer as contas dividindo 7,03 por 1,75 (que é o valor que paguei no dólar em real) você terá 4,01, ou seja, para cada real meu estou conseguindo o boliviano por 4,01bol. Com isso fica claro que compensa cambiar na fronteira apenas o necessário para chegar em Santa Cruz e trazer a parte do dinheiro de espécie em dólar e cambiar em Santa Cruz, principalmente com os cambistas que ficam no meio da rua (em frente ao terminal ou na praça 24 de setembro). Porém muito cuidado ao cambiar, pois eles tentam passar a perna de qualquer jeito, ontem quando estive trocando 100 dólares por 703 bolivianos, o cambista contou o dinheiro na minha frente e me entregou falando que estava tudo ok e já querendo ir embora, quando fui contar na frente dele tinha apenas 603 bolivianos, os outros 100bol se não tivesse contado na frente dele já tinha ido para o “além”. Sobre os documentos eu carrego apenas o passaporte e identidade originais, uma cópia desses documentos mais a CNH, CPF e deixo uma cópia digitalizada de todos documentos no notebook e no email.

Vou colocar a relação de gastos que tive até agora para caso de alguém se interessar ou precisar para montar seu roteiro:

CUSTOS

14/10/2010

R$ 38,00 Passagem de Rondonópolis x Cuiabá - 200km

R$ 42,50 Passagem de Cuiabá x Cáceres – 200km

Câmbio USD 1,00 = R$ 1,75

Total: R$ 80.50

15/10/2010

R$ 15,00 Passagem de Cáceres x Corixo (fronteira) – 100km

R$ 6,35 táxi

R$ 2,50 Água mineral

R$ 32,50 Passagem San Matias x Santa Cruz - 700km

R$ 0,54 Tarifa Terminal

R$ 2,70 Água Mineral

R$ 4,04 Táxi Terminal x Thais’s home

Câmbio R$ 1,00 = 4,01Bol USD 1,00 = 7,03Bol

Total: R$ 47.50

16/10

21Bol = R$ 5,24 Almoço

22Bol = R$ 5,48 Janta

Total: R$ 10.72

17/10

57Bol = R$ 14,21 Almoço

100Bol = R$ 24,94 Mariposari

20Bol = R$ 4,98 Táxi

Total: R$ 44.13

18/10

18Bol = R$ 4.48 Almoço

3Bol = R$ 0.75 Micro Av. Canoto x Terminal x Los Pocos

135Bol = R$ 33.66 Passagem Santa Cruz x La Paz - 900km

25Bol = R$ 6.23 Corte de cabelo

Total: R$ 45.12

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

In the Road!!!

Finalmente chegou a hora do adeus, a hora de pegar minha mochila e literalmente “se lançar no mundo”. Esse é o primeiro post que escrevo literalmente na estrada, estou no ônibus indo para Cuiabá. Hoje, 14 de outubro de 2010, mais uma data que irá entrar para minha história, o dia que deixei tudo para trás e embarquei em outra aventura, contudo uma aventura muito maior que precisei fazer alguns sacrifícios como sair do emprego, abandonar conforto, comodidade, zona de segurança e ficar sem ver a família/amigos por um bom tempo. Mais uma vez a coragem demorou em chegar, mas quando chegou veio com força para por de lado todo o medo e insegurança que quis me assombrar nos últimos dias. Ao sair de casa deixei alguns da família chorando, principalmente minha mãe, tem hora que tenho que rir para não chorar, porque era só olhar para ela e falar alguma coisa que os olhos dela já escorriam lágrimas e se eu fosse chorar também ai lascava tudo, mas apesar do momento de tristeza carrego comigo a certeza do que estou fazendo, total certeza não tenho porque nem eu sei o que vou fazer direito daqui uns meses hehehe, mas que o futuro me reserva muitas coisas boas e que essas experiências me farão crescer como pessoa, olhando a vida de outra maneira, valorizando-a cada dia mais.

"Daqui a 20 anos você tenderá a ficar mais decepcionado com as coisas que deixou de fazer do que com as coisas que fez. Portanto, lance fora as amarras. Navegue para longe do porto seguro. Deixe que o vento sopre suas velas. Explore. Sonhe. Descubra"

BOLÍVIA!!!

Antes de viajar vou tentar descrever em poucas palavras a viagem que realizei pela Bolívia a poucos meses atrás. Como disse anteriormente sempre viajei com amigos, porém agora chegou o momento de ir sozinho. Poderia dizer que foi uma viagem feita ao acaso, pois numa terça a noite decidir viajar e na quarta a tarde já estava na estrada, tinha informações suficiente em meus arquivos sobre a Bolívia, pois estive em 2007 viajando por vários dias e também estava atualizando algumas informações de lugares que não estive, para quando fosse realizar o “mochilão” pela América do Sul.
Usei essa viagem como preparação para viagens futuras, pois não saberia qual seria minha reação a viajar sem nenhuma compania e posso dizer que não foi tão assustador como imaginei. Ainda sou a favor de viajar com uma boa compania para compartilhar os momentos bons, como nas enroscadas que costumamos entrar. Contudo o medo foi superado e tive uma viagem maravilhosa, que me permitiu vivenciar experiências que talvez se tivesse acompanhado não teria vivido.
Como dito anteriormente decidi viajar na terça e no dia seguinte ao meio-dia estava embarcando na rodoviária de Rondonópolis com destino a Bolívia, foi só o tempo de arrumar a mochila. Cheguei em Cuiabá por volta das 17:00 horas e o ônibus para Cáceres estava marcado para as 23:30, nesse intervalo aproveitei para ir ao Shopping Pantanal comprar alguns dólares e rever minha querida amiga Aline, na verdade minha irmãzinha de coração. O ônibus ou van de Cáceres que vai até a fronteira (Corixo), sai da antiga rodoviária de Cáceres apenas as 4:30 e o trajeto demora certa de uma hora e meia. Ao entrar na Bolívia tive um “flash back”de quase três anos atrás, quando mochilei pela primeira vez e foi nessa fronteira, a porta de entrada para o mundo das viagens, dos “mochilões”, que se surgiu na minha vida.
A viagem até Santa Cruz que dura aproximadamente 17 horas foi tranqüila, aproveitei o tempo para pensar no que viria e acalmar a curiosidade alheia, pois alguns brasileiros que estava no ônibus não acreditava no que ia fazer ou que já tinha passado e o simples fato de falar que sou um novato, uma verdadeira criança que está começando a gatinhar no mundo das viagens, deixaram mais intrigado, para não dizer abismado. Chegando em Santa Cruz de La Sierra fui direto para casa da Thais e Nayara com a intenção de ficar dois dias e seguir viagem, mas o que veio acontecer foi uma estadia de uma semana. Nem todas surpresas são agradáveis, pois no dia seguinte aconteceu que descobri que na viagem perdi 300 reais, 3 pendrives e as cópias de todos meus documentos (sorte que foram apenas as cópias de prevenção em caso de furto) e para completar o dia de forma inesquecível minha câmera, uma Nikon d-80, veio literalmente a parar, logo nos primeiros dias fiquei sem câmera e não achava uma autorizada na cidade e nenhuma informação na internet, por fim após andar muito descobri uma assistência técnica de câmeras e resolvi arriscar a sorte e deixar minha câmera para conserto. Dizem que só devem confiar em um representante autorizado, porém estava em um dilema, viajar por toda Bolívia sem foto ou arriscar uma câmera? Resolvi arriscar a câmera e no final foi à melhor solução, pois em dois dias a câmera estava pronta e funcionando perfeitamente e lá se foram mais 230 reais, resumindo, perdi/gastei 530 reais nos dois primeiros dias, gastos que não estava no planejamento e a sorte foi tanta, que os 300 reais que sumiu era justamente para algum imprevisto, e olha que os imprevistos aconteceram mais rápido do que pensava.
A semana que fiquei em Santa Cruz foi um verdadeiro tour gastronômico, pois nunca comi tanto como nessa semana, conheci restaurantes e sorveterias de ponta a ponta, vi o Brasil ganhar de 3 x 0 do Chile, porém também assisti o Brasil ser desclassificado pela Holanda na Copa do Mundo e pude ver de camarote um boliviano chorar pela derrota brasileira, me perdia andando pelas ruas da cidade ou pegando os coletivos que nem sabia para onde ia, assisti uma apresentação de um artista de rua, um comediante que não perde para nenhum artista global, muito menos percebia o tempo passar com as conversas furadas, viajadas e filosóficas que sempre tive com a Thais, sem contar as risadas cômicas da Nayara, isso foi Santa Cruz.
Segui para o sul da Bolívia com destino a Sucre, negociem e barganhem antes de comprar a passagem, pois começam te oferecendo o melhor preço que é 120bol e por fim te vende à passagem entre 60- 70bol. Os ônibus geralmente saem as 16:00 horas e a viagem dura aproximadamente 16-17 horas. Como já estive em toda essa região em 2007, apenas fiquei andando pelos principais monumentos arquitetônicos e curtindo a cidade tranquilamente, contudo a cidade oferece o passeio pelo Parque dos Dinossauros, que só vale visitar uma vez. No dia seguinte fui para Potosi esperei algumas horas ate o ônibus para Uyuni sair, nesse intervalo conheci um grupo de mochileiros que se resumia a sete israelenses e uma portuguesa, conversei com alguns brasileiros que encontrei nas ruas de Potosi, porém estava em uma empresa de ônibus diferente da minha. Como o tempo de permanência em Potosi foi apenas umas 3 horas, aproveitamos e fomos ver uma torre e subi-la para poder ter uma vista de todo o vale e da cidade, subimos de táxi até o local da torre e voltamos caminhando, isso eu e os israelenses com a portuguesa. A viagem até Uyuni foi tranqüila, muito diferente da minha experiência anterior, que se resumiu a passar mal durante todo o trajeto, devido ao cheiro de pólvora que tinha nas minas que visitei em Potosi aliado a comida. Durante a viagem conheci um rapaz que era o motorista de um dos veículos que levaria uma galera para fazer um documentário sobre o Salar de Uyuni para o Nathional Geography, da hora né? Até perguntei se tinha alguma vaga para mim, nem que fosse para ajudar a carregar os equipamentos, infelizmente não foi dessa vez.
Como o ônibus chega em Uyuni tarde da noite, minha idéia era acordar cedo no dia seguinte e embarcar no tour pelo Salar, porém como tinha decidido não levar relógio, despertador nada que me lembrasse de horários e compromissos, acabei acordando um pouco tarde devido ao cansaço e tive que adiar o tour, pois todas empresas já tinham partido para o Salar, contudo tem males que vem para bem, aproveitei o dia para conhecer Uyuni, todos dizem que a cidade não tem nada para fazer e realmente estão certos, mas o que eu conhecia da cidade se resumia a porta do hostel, pois cheguei no hostel de madrugada e o tour sai da porta do mesmo, dessa vez tive o dia inteiro para andar pela cidade, ver artesanato e comer uma deliciosa pizza. Decidi que não atravessaria para o Chile dessa vez e iria de trem para Oruru para poder contemplar a paisagem da viagem, porém o trem só tinha com o horário de madrugadas e para esperar um dia com saída matinal não compensava, já deixei tudo certo com a passagem visto que é quase o mesmo preço do que a passagem de ônibus, uns 5bol mais barato, contudo a maior vantagem é que de ônibus a viagem dura 12 a 15 horas e de trem apenas 7 horas. Como disse a males que vem para bem, o maior bem que ocorreu de ter ficado um dia inteiro em Uyuni foi na hora de fechar o tour, pois decidimos ir todos juntos (eu + israelenses + portuguesa), eles já tinham duas agências indicadas por amigos e muito bem recomendadas em sites israelenses, para resumir, todas agências fazem o mesmo passeio, mesmo roteiro o que diferencia é a qualidade dos guias e comidas, pois ate a hospedagem são semelhantes e o tour varia de 600 a 650 bol, eu estava caminhando sozinho quando conheci uma mulher de uma determinada agência que me ofereceu o tour e comecei a negociar para 8 pessoas que no final das contas saiu a 500bol para cada pessoa, a única tarefa minha era convencer os gringos, após longas horas de buscas, pesquisas e a pequenos comentários de minha autoria todo grupo se convenceu que essa agência que achei era a melhor, a mulher que conversa uma barbaridade ajudou no momento da escolha final hehe, já estava super feliz por economizar praticamente 100bol em relação as outras empresas e fiquei mais feliz ainda porque pensei, nossa vou tentar negociar mais um pouco, afinal, eu trouxe 8 clientes para ela e não é que eu consegui mais um desconto, no final para eles ficaram 500bol e para mim 480bol, incluído 4 litros de água mineral que nenhuma empresa te oferece, foi ou não foi um bom negócio?
A diferença do tour dessa vez com a outra que fiz se resumi a época do ano, as companias e a pequenas mudanças no roteiro, que se resumiu a visitar ilhas de cactos diferentes, a volta para Uyuni e a hospedagem no hotel de sal, que antes não tinha ficado, e foi muito emocionante saber que dormi em uma cama feita de sal. Uma outra surpresa nada agradável que fiquei sabendo antes de sair no tour foi que o governo boliviano aumentou o preço de entrada no Parque Nacional Fauna Andina para estrangeiros, antes custava 35bol agora custa nada menos nada mais que 150bol, um absurdo, uma verdadeira extorsão coletiva. Em dezembro a tempera estava em torno de 0 a -5 graus, e agora no segundo dia, no acampamento da Laguna Colorada a 4.700 m de altitude, a temperada chegou a quase -15 graus, um queda de 10 graus que faz uma enorme diferença ao corpo humano, principalmente quem vive a 40 graus. Os dois primeiros dias se resumiram a muitas fotos, festas e risadas, porém no terceiro dia a coisa ficou feia, mas antes de falar a parte trágica, vamos as coisas boas, a empresa que fizemos o tour saiu com 3 carros e acabei indo em um carro com outras pessoas fora ao grupo que estava, adivinha com quem? Com dois casais de israelenses, definitivamente essa viagem ficou marcada com uma pitada de israelenses, aonde olhava tinha um deles. Na primeira noite encontrei vários brasileiros no hotel e tentam acertar a resposta da seguinte pergunta: O que é que acontece quando há vários brasileiros reunidos? Adivinharam? Pois aqui vai uma resposta simples: alegria, diversão, muitas risadas, quem está apenas escutando pensa que é algum encontro religioso ou algum debate ideológico de seguidores convictos de suas crenças, mas quando chegam para ver é apenas 3 ou 5 brasileiros conversando na maior das alturas, rindo e se divertindo. Rimos dos gringos, rimos de nós mesmos e trocamos muitas idéias e para ficar ainda melhor tínhamos uma portuguesa para fazer as famosas piadas de português e adivinha que ela ainda quis rir da nossa cara, graças ao seguinte acontecimento. Um brasileiro foi tomar banho e voltou batendo queixo e reclamando de frio por não ter água quente e justamente a portuguesa foi banhar em seguida e voltou toda feliz da vida e o brasileiro quando foi pensar em tirar uma da cara dela, veio a pergunta, porque você não ligou o registro? Ele fez aquela cara de quem não tem a menor idéia do que está falando e ela ainda apimenta a conversa com a seguinte frase, aquela pecinha que esta no chuveiro escrito quente e frio, agora me diga após um acontecimento desses quem vai tirar onde de quem? Ficou 1 x 0 para Portugal. A segunda noite se resumiu a ficar dentro do alojamento comendo e conversando, pois fora do abrigo estava um frio de congelar qualquer um, mais ainda assim brasileiro que é brasileiro sempre arruma um jeitinho e isso se resumiu a festa do lado de fora do abrigo com direito a música brasileira, tambor, uísques e todos gringos dançando, fiquei olhando da janela, não acreditam?? logo logo explico o motivo. Os dias se resumiam a visitar cenários belíssimos, tirar fotos e ficar de boca aberta com a generosidade de Deus para conosco em criar cenários tão magníficos. As refeições foram maravilhosas, muito melhor da outra vez e para completar tinha alguns vegetarianos no grupo, ou seja, ficavam sobrando aqueles bifes maravilhosos e por eu ser a favor de não desperdiçar comida em protesto a fome mundial tinha que ficar com eles todinhos para mim, sei que é muito triste, mas é para o bem de todos, conscientização global. Por mais que eu escreve não da para descrever todas emoções vividas nesses dias, sem contar que devem estar curiosos pelo motivo que fiquei olhando a festa madrugada a dentro pela janela, eis a explicação. Tivemos um jantar maravilhoso, com uma sopa para arrematar o frio e uma deliciosa macarronada, contudo o efeito em mim não foi nada bom, virei a noite com um mal-estar terrível que resultou a muitos enjôos e um sistema digestivo totalmente insano, para bom entendedor meia palavra basta, passei o dia tomando água para hidratar e deitado no carro, voltamos a Uyuni no fim do dia e meu trem para Oruro era apenas na madrugada as 01:45, como tive um ótimo relacionamento com a representante da empresa ela me deixou ficar na agência até o horário do trem para eu não precisar pagar hotel e por não estar muito bem de saúde, que ela insistia que era mal de altitude e eu insistia que foi a comida, mas tudo bem, não foi nada grave, bom isso descobri 2 dias depois.
Mesmo com o fato de ter passado mal e quase ter morrido no deserto no fechar das contas foi um tour muito produtivo, a parte que menciono que quase morri não é ao fato de ter passado mal e sim ao momento que estávamos voltando do vulcão Licancabur em regresso à Uyuni o motorista perdeu o controle da caminhonete, uma Toyota hillux 4x4, como era abismo corremos o sério risco de ter caído montanha abaixo e o pior ter acontecido, pois a estrada é muito estreita contornando as encostas das montanhas e numa curva a areia estava muito fofa, com isso o carro começou a literalmente “dançar” na pista, mas após umas cinco viradas entre abismo a esquerda e ao paredão de pedras a direita o motorista conseguiu estabilizar o carro, mas nesses curtíssimos segundos pensa no desespero e na gritaria que foi dentro do carro, as israelenses quase pularam do carro em movimento e minha única reação foi gritar: - Não freia! Não freia! Pois se frear com tudo, o carro deslizaria mais ainda, se ele entendeu o recado ou não, isso eu não sei, só sei que conseguiu controlar e parar o carro, para nós podermos respirar aliviados. Com todas essas emoções não incluídas no tour, porém vividas, terminamos vivos, eu estava parecendo um morto-vivo devido a minha situação intestinal, mas estava vivo. A viagem de trem para Oruro quase foi um tormento, mas um senhor me salvou, quando fui comprar à passagem a mulher do guichê disse que o trem tinha mantas, calefação e trezentas coisas, com isso nem me preocupei em levar meu saco de dormir e adivinha o resultado? Quase congelei, estava um frio terrível, as janelas do trem estavam só o gelo, a parte de cima do corpo estava tudo bem, pois estava com uma camiseta, uma blusa de lã, 2 casacos pesados, 2 gorros, 2 luvas e apenas uma calça, sei que foi imprudência, mas nunca fui de sentir frio nas pernas, sempre fui aquele que no frio andava até com 2 blusas, mas de short e chinelo, porém dessa vez as pernas começaram a congelar, após uns vinte minutos e depois de pedir muito a Deus um senhor entrou e sentou do meu lado e já foi me oferecendo o saco de dormir dele para cobrir minhas pernas, é verdade que ao abrir o saco de dormir estava o maior fedor, mas melhor tampar o nariz do que congelar as pernas.
Às sete horas de viagem até Oruro parecia uma eternidade e nesse momento eu pensava quão desolador e desesperador seria se eu tivesse ido de ônibus, que era o dobro de tempo. Não via a hora de chegar em Oruro e procurar um hotel descente dessa vez com direito a banheiro privado, TV a cabo e todas regalias possíveis, pois meu quadro era critico e tava com muita dor no estomago, mal estar, fraco, enfim, precisava urgentemente de um lugar para me recuperar. Como a estação de trem é longe do centro, dividi um táxi com os israelenses até o terminal e de lá segui para um hotel que estava em um panfleto dos Hostels Internationals, contudo o de Oruro não era um hostel comum e sim um hotel 3 estrelas com uma diária de 150bol, como não tinha condições para ficar procurando outro mais barato e precisava daquele conforto nem questionei e já fui direto para o quarto, com direito a uma excelente ducha, TV a cabo, duas camas super confortável, frigobar e etc. Cheguei era por volta de umas 9 horas e fui sai do quarto apenas no outro dia as 14 horas quando segui para Cochabamba. No dia que cheguei no hotel fiquei até preocupado com minha saúde pois já era o segundo dia que estava passando mal e com muito dor no estomago, mas o descanso me fez muito bem, pois fiquei deitado o dia inteiro bebendo muita água e tomando vários banhos para ver se a dor no corpo diminuía, por obra de deus no outro dia estava novinho em folha, pronto para continuar viagem, mas antes de viajar resolvi fazer um teste para ver se estava bom mesmo, isso eu não aconselho a ninguém fazer, além de ser imprudente pode complicar sua situação, após sair da situação que estava o correto é ter uma alimentação leve e saudável até se restabelecer, porém eu já fui de cara comendo bolacha de chocolate e no dia seguinte hambúrguer, batata –frita e um delicioso sorvete de chocolate, se depois dessa extravagância não voltei a passar mal se conclui que estava ótimo.
A estrada que liga Oruro a Cochabamba é de uma beleza impar, pois é contornando montanhas e vales, a paisagem é incrível, lembro que o novo filme do Karate Kid tinha acabado de entrar no cinema naquela semana e eu já tive a oportunidade de assistir no ônibus. Fiquei apenas dois dias em Cochabamba o suficiente para andar por toda cidade, os principais pontos turísticos como as igrejas, praças, monumentos e subir no cristo, que lá de cima da para ver toda cidade, conheci uma turma bacana e vi a Espanha ser campeã do mundo do lado de uns espanhóis em uma mega sorveteria que fizeram a maior bagunça, inclusive trombando em um garçom e derrubando tudo que estava na bandeja no chão.
No domingo à noite voltei para Santa Cruz e na segunda a noite estava no ônibus “de volta a minha terra”, ainda tive a sorte de chegar em Cuiabá na terça-feira e coincidir que meus pais estava na cidade e já voltei com eles para Rondonópolis. Como mencionei no começo do post, dessa viagem tirei grandes lições e confirmei o que suspeitava. Viajar com uma boa compania sem duvida nenhuma é excelente, contudo deixar de viajar por não ter compania não pode servir como desculpa para ficar em casa. Viajar sozinho você passa a se conhecer mais, dar valor nas pessoas e acaba descobrindo que você que determina seus próprios limites e aonde quer chegar. Algumas pessoas descobrem que conseguem arrumar uma mala e tomar decisões sozinhas sem precisar da ajuda da mamãe e outros descobrem o quão capaz é de resolver problemas e situações inusitadas.
As fotos dessa viagem pela Bolívia e para MG/SP estão na minha página pessoal do Orkut.

www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=12369392695904843187

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Burocracia!

Quando finalmente decidi embarcar nessa aventura pensei como seria simples e rápido, pois o mais difícil já tinha sido realizado, que era comunicar aos meus pais e sair do emprego, com isso deduzi que em 15 dias estaria na estrada, porém acaba de se passar 2 meses e somente agora consigo colocar tudo em ordem, isso se resumi a termino de contrato, entrada em Fgts, Seguro Desemprego e outras pendências que precisava resolver antes de sair do país. Nesses 2 meses muitas coisas aconteceram, contudo a idéia original já sofreu pequenas mudanças, algumas delas se resumi a minha viagem pela Bolívia, pois no decorrer desses 2 meses aproveitei e fiquei 23 dias viajando pela Bolívia, com isso usarei a Bolívia apenas como caminho para chegar ao Peru, como a viagem será feita por “terra”, creio que o melhor roteiro é passando por Santa Cruz, La Paz e Copacabana. Aproveitei ainda esse tempo e fui para Minas Gerais e São Paulo, rever amigos e parentes, pescar no Rio Grande e empanturrar-se com a culinária mineira.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

First Post!!!

Reservei o espaço do primeiro post para fazer algumas considerações:

- Quem sou eu ??
Sou um cara simples que procura olhar o lado positivo das inúmeras situações que enfrentamos, tento dar valor nas pequenas coisas e nas pessoas ao meu redor. Meus sonhos são muitos, mas a força de vontade para realizá-los é ainda maior.

- Que motivo levou-o a fazer essa viagem?
Desde que me conheço por gente gostei de viajar, conhecer lugares e pessoas, sempre que podia viajava nos finais de semana para acampar na encosta de alguma cachoeira, visitar outras cidades, conhecer novos amigos e rever os antigos, só que nem sempre foi possível fazer uma aventura maior, primeiro pelo fato de eu ser “de menor” e depender de meus pais para ir para lugares distantes e ficar mais tempo, segundo pela condição financeira que era inteiramente dependente deles e talvez o terceiro motivo seria pela insegurança de sair de casa. Porém em 2007 estava com 20 anos quando fiz meu primeiro “mochilão” junto com um casal de amigos, foi uma viagem inesperada em menos de 10 dias elaboramos o roteiro e preparamos nossas mochilas e viajamos pela Bolívia, Chile e Peru durante 42 dias. Ao retornar dessa viagem me transformei completamente, meu contexto de mundo e pessoa mudou totalmente, comecei a dar mais valor nas coisas simples, nas pessoas e no meu tempo, incluindo por definitivo as viagens “os mochilões” como um estilo de vida a ser seguido valorizando sempre a qualidade de vida e aprimorando meu crescimento pessoal. Após minha volta comecei a apreciar cada vez mais o sabor de uma boa comida, a conversa jogada fora com um amigo, o conselho de um sábio, a melodia de uma música, o vento no rosto e o sentimento de liberdade e tranqüilidade quando estamos se sentido bem conosco mesmo, involuntariamente minha transformação me rendeu mais viagens nos finais de semanas e feriados prolongados, passei a fazer novos amigos com mais freqüência e a valorizar cada vez mais os antigos e verdadeiros. Após inúmeras viagens rápidas no interior do Brasil no final de 2008 viajei com outro amigo para Argentina e Chile durante 38 dias, confirmando minha suspeita de me consagrar um eterno viajante em busca de aprendizado e conhecimento, um mochileiro de carteirinha. No ano de 2009 e meados de 2010 fiz muitas viagens rápidas e continuei meu crescimento como ser humano, contudo, uma inquietação começou a me dominar, um sentimento que o mundo está girando cada vez mais veloz e os dias se abreviando com uma intensidade incrível, entrava cedo no escritório e ao anoitecer estava voltando para casa e meus dias foram passando cada vez mais rápidos e eu não estava vivendo-os com intensidade, apenas uma rotina massacrante. A idéia de ter um período sabático começou a fluir em minha mente com mais força a cada novo dia, após muitos pensamentos, dúvidas e incertezas finalmente a decisão foi tomada e ficarei um tempo longe de trabalho e da pressão do cotidiano. O período sabático pode ser definido com um período de afastamento do trabalho onde a pessoa utiliza para refletir sobre sua vida e sua carreira, os mesmos princípios estão sendo utilizados por mim, que nesse tempo que estiver viajando estarei refletindo sobre minha vida, meus erros e acertos, defeitos e qualidades, realizações passadas e objetivos futuros.

- Decisão Fácil?
Sinceramente creio que foi uma das decisões mais difíceis que já tomei na vida. O fato de sair da zona de comodidade e entrar em um ambiente totalmente desconhecido, perturba a mente humana com uma ferocidade inexplicável. Por ser uma pessoa racional e calculista a decisão ficou ainda mais difícil, pois levou em conta todo meu lado capitalista de aumentar cada vez mais meu patrimônio, anseios e medos pessoais, criticas de terceiros, sem contar à mídia que jorram noticias maléficas criando um negativismo ao nosso redor. Cansei de ouvir que emprego está difícil, que hoje as coisas estão mais difíceis do que ontem, a criminalidade aumentou, a democracia de um país virou ditadura, que se eu sair agora quando voltar “estarei perdido”, mas vamos com calma. Já ouviram comentar em alguma época, tanto vocês, como seus pais e seus avos que o tempo estava ótimo? Que o governo é excelente, que o salário é suficiente? Sempre o presente será mais difícil do que o passado e o futuro, pois faz parte da auto defesa do homem achar um culpado para os problemas do que reconhecer sua própria culpa. Mas para conseguir tomar essa decisão pensei muito, fiz muitas planilhas e planejei muito, sem contar que tampei os ouvidos para as criticas destrutivas e escutei atentamente as criticas e conselhos positivos. Com isso tomei uma decisão segura visto que nós nos arrependemos mais das coisas que não fizemos, do que das coisas que fizemos.

-Porque vou viajar sozinho?
Meu maior receio de embarcar nessa aventura não foi o fato de ter que sair do emprego, largar a família, todos os amigos ou deixar para trás todo meu mundinho, mas sim a questão de ter que viajar sozinho, curtir os bons e maus momentos sem nenhuma compania, enfim, conviver comigo mesmo . Passei noites sem dormir pensando vou ou não vou? Vou agora sozinho ou espero alguém para ir comigo algum dia? E se esse dia nunca chegar? Vou ter que conviver com a culpa de não ter tido coragem para realizar um sonho? Afinal, encontrar uma boa compania para viajar um mês já é difícil, imagina vários meses. O fato de ficar sozinho em casa nos finais de semanas, sem ter amigos por perto para conversar e dar boas risadas nunca me agradou, agora imagina viajar sozinho por terras desconhecidas sem ter nenhum amigo por perto num raio de milhares de quilômetros, sinceramente, isso me apavora.
Teve dia que acordei e pensei convicto: - Não vou mais viajar, vou esperar uma compania. Quem sabe um grande amor não me fará compania nas minhas mais loucas jornadas? Passado algumas horas estava novamente convicto e falava comigo mesmo: - Larga de ser covarde e vai ser feliz. Outro dia acordava e adivinha o que estava perfeitamente convicto? – Não importa se for com alguém ou sozinho, eu vou viajar. E novamente após algumas horas o pensamento voltava a me importunar: - Sabe de uma coisa? Vou esperar alguém para ir comigo. Ó indecisão que atormenta a alma, faz perder o sono e atrapalha a concentração.
Confesso que mesmo após ter tomado a decisão, ter preparado a mochila e estar preste a colocar o pé na estrada, só o fato de pensar nessa hipótese meu coração aperta pra valer. Sem nenhuma sombra de dúvida eu preferiria viajar acompanhado com algum amigo ou que seria muito melhor, viajar acompanhado do grande amor da minha vida, viu como sou romântico? Como não foi possível realizar nenhuma das duas hipóteses no momento, decidi que vou ter que encarar esse desafio sozinho. Parando para pensar vejo como a vida é engraçada, a primeira viagem fui com dois amigos, a segunda viagem fui com um amigo e a terceira viagem vou sozinho. Sei que haverá outras viagens, algumas irei sozinho novamente, outras com amigos e outras se tiver muita sorte, com um grande amor. Também sei que irei aprender muito viajando sozinho, serei outra pessoa no final dessa viagem, pois nesse tempo que estarei sozinho, vou aproveitar para fazer uma reflexão de vida e conhecer meu “eu” interior, conhecer com maior profundidade meus medos e anseios, meus defeitos e qualidade, meus pontos fracos e minhas virtudes. Tenho certeza que não será uma viagem totalmente solitária, pois a cada novo dia que surgir novas pessoas irei conhecer, talvez nunca mais volte a vê-las, mas tenho certeza que ficarão marcadas para sempre na minha história de vida.


- Sou rico? Milionário? Afinal tem que ser rico para largar tudo e ficar viajando!
Após minha foto ser publicada no blog e aparecer algum tio milionário desconhecido com uma herança polpuda para me deixar milionário, então eu serei, mas ate isso não acontecer, eu sou apenas um cara simples que infelizmente precisa trabalhar, não tenho o que reclamar do que Deus me concedeu, mas essa atitude foi decidida em base de muito planejamento e controle. Enquanto muitos da minha idade estão gastando todos seus salários e rendimentos em baladas, festas e cervejas, eu sempre trabalhei desde cedo, procurei ler, estudar e aprender a investir meu dinheiro, passei noites lendo sobre controle de finanças, aplicações no mercado financeiro e novos investimentos, como tive uma educação financeira familiar com base sólida aliada aos meus controles de gastos, muitas vezes chamado de “mão-de-vaca”, “unha-de-fome”, isso veio a contribuir para atingir alguns dos meus objetivos. Portanto o fato de realizar essa viagem e na volta estar tranqüilo para me restabelecer novamente foi fruto de muito suor e sacrifício. Quem sabe na minha volta eu possa trabalhar com controle de finanças pessoais ajudando as pessoas a realizarem os sonhos delas. Deixo uma dica aqui, podem começar lendo: Pai Rico Pai Pobre (Robert Kiyosaki), Casais Inteligentes Enriquecem Juntos; Investimentos Inteligentes (Gustavo Cerbasi), Mais Tempo Mais Dinheiro (Gustavo Cerbasi e Christian Barbosa), O Homem Mais Rico da Babilônia (George S. Clason), Bem Vindo a Bolsa de Valores (Marcelo Piazza), o Segredo da Mente Milionária (T. Harv Eker), entre infinitos títulos disponíveis, mas não é apenas ler, tem que por em prática, não faça pelos outros, faça pelos seus sonhos, faça por você.

Qual será o roteiro e quanto tempo terá a viagem?
Sairei do Brasil com a primeira fase do roteiro pré-definido, visto que poderão acontecer mudanças logo no primeiro dia de viagem. A idéia inicial é andar novamente em terras bolivianas e peruanas, conhecendo alguns lugares que não estive antes e rever lugares que ficaram marcados na memória, depois seguirei para o Equador para ficar por algum tempo em Guayaquil com alguns amigos, depois o roteiro ficara aberto a novas idéias, porém a idéia original é seguir para a Colômbia, um pulo na América Central, Venezuela, quem sabe as Guianas, Suriname, uma passada no Brasil e um pulinho na Oceania, mas como disse, tudo poderá mudar logo nos primeiros minutos. Li muito sobre os famosos RTW, viagens de um ano ao redor do mundo, pelo fato do ticket da Star Alliance ou Oneworld ficar muito barato até compensa, mas fazer um roteiro com 30 a 50 países durante um ano acho muito corrido, isso é um ponto de vista meu, respeito e admiro quem faz o estilo tradicional, porém quero ter a convivência da cultura do local, não apenas visitar o país e acho que tem que ser pelo menos 15 dias no país, isso daria uns 24 países em um ano, com isso resolvi dividir minha RTW em etapas. Agora será América do Sul e América Central se for possível, depois America Central, Europa Oriental, parte norte da Europa e assim sucessivamente, conforme o tempo e dinheiro forem sendo disponível. Como disse no começo mudanças e surpresas sempre nos acompanham, então como poderia prever a duração? 1 semana? 1 mês? 3 meses? 6 meses? 1 ano? 10 anos? Só irei saber de algo quando estiver vivendo “o momento”, mas o planejamento inicial dessa etapa é durar por volta de seis meses.

- Afinal, que utilidade pública tem esse blog?
O intuito desse blog antes de qualquer coisa é informar meus familiares, amigos e conhecidos aonde estou atualmente, que lugares visitei, pessoas que conheci e planos futuros, enfim, o que estou vivenciando no momento nessa minha peregrinação por terras desconhecidas, pois ficar escrevendo e respondendo email individualmente nem sempre será possível e visto que as perguntas sempre serão semelhantes, com isso facilitarei minha vida, tornando mais produtiva minhas horas e meu custo com Lan houses, porém sempre estarei colocando dicas de lugares e preços para alguém que milagrosamente acessar o blog e se interessar em fazer um mochilão por onde eu estiver passando. Irei sempre ler os comentários do último post, com isso se alguém tiver alguma dúvida a respeito de algum lugar, valor ou de qualquer outro assunto, estarei respondendo no post seguinte o que estiver ao meu alcance e conhecimento.

- Com que freqüência o blog será atualizado?
Pergunta difícil, visto que nas últimas viagens que fiz não consegui manter uma atualização diária e acabei abandonando outros blogs por causa do tempo escasso e pela duração das viagens que variou de 30 a 45 dias, mas como essa será uma viagem de longa duração, estarei atualizando semanalmente o blog, com isso tentarei manter um padrão de um ou dois post por semana.

- Onde poderei ver as fotos da viagem?

Colocarei algumas fotos no próprio blog, porém a maior quantidade de fotos ficara no meu perfil do ORKUT .

www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=12369392695904843187